domingo, 3 de novembro de 2013

Festa da banda




   O tempo passou e com ele muitas emoções. Setembro se foi, com intensidade e felicidade na mesma medida. Acontecimentos a cada dia, sentimentos, recordações... Setembro foi emocionante e terminou com uma festa, minha e do Nathan, para comemorar nossos aniversários. A nossa Festa da Banda!


   
   Três anos dedicados a ele e agora nele, de forma muito espontânea, vejo os frutos dessa dedicação. Continua gostando de música como ninguém, mas agora canta suas preferidas. Surpreende-me quando vai sozinho com quem mal conhece e conta seus “causos”. Passou os “terríveis dois anos”com comportamentos um pouco inconstantes e chegou aos três com segurança, desenvoltura e amor. Muita paciência dos pais e inúmeras tentativas da mãe de contar carneirinhos sempre que ficava irritada.

   Em setembro seus nados não foram mais ao lado da mamãe e sim, acompanhados de novos colegas da natação. Com segurança e determinação pulou sozinho na piscina e adaptou-se muito bem a este novo momento. E eu, passei de nadadora a espectadora, feliz com minha nova atividade: observar a aula e vibrar com seus aprendizados pela janelinha.

   Três anos passaram e com eles, grandes conquistas... Nathan andou, falou e voltou-se para o mundo ao seu redor. A cada ano uma grande conquista. Agora não olha mais só para si, mas também para quem está ao seu lado. A imaginação e as histórias são os carros chefes das brincadeiras. Sua ilimitada visão de criança transforma qualquer objeto e cria diferentes histórias a cada dia. Tudo é real, tudo é imaginário, tudo se mistura e tudo é uma coisa só. O mundo da criança é só dela, mas quando nos permitimos entrar é possível ver a riqueza e a beleza deste mundo, tão cheio de ideias, tão colorido e inovador. Tudo pode, por que não? Eu dou corda para cada história que ele me conta e “viajo” junto. Acredito que é assim que se estimula a imaginação de uma criança. Sempre espero ele me dizer o que significa um objeto ou brinquedo, pois para mim certas coisas são óbvias, mas para ele não.


   Diante de todas essas vitórias precisávamos comemorar. Uma dupla comemoração! E a festa, atendendo aos pedidos do Nathan seria de banda, da nossa banda. Mas como caracterizar uma festa de banda? De tanto me questionar as ideias foram surgindo. A primeira foi o convite, que se transformou em um cd da nossa banda, com algumas músicas que nós tocamos e cantamos e outras que escutamos em nossa casa. Um convite interativo para as pessoas entrarem no “clima” da festa. Um pequeno ensaio fotográfico num parque da cidade, acompanhado de nossos instrumentos e de nossa amiga fotógrafa Clara Fernandes resultaram em fotos lindas, que posteriormente decoraram a festa. Discos de vinil com fotos nossas, foram o painel decorativo da festa junto com a paisagem das janelas. Os detalhes foram tomando forma ao longo das semanas. 

As garrafinhas de leite de coco que utilizei para cozinhar ficaram lindas com pedrinhas coloridas e fotos da nossa banda.

   E as comidas, muito caseiras e sem lactose, para eu poder comer. Passei o mês testando receitas e aprimorando meus dotes culinários. Como resultado final, tivemos brigadeiro de colher, tortas saborosas, bolachas de coração decoradas e um bolo de mel, com recheio e cobertura de brigadeiro feito com leite de coco. Uma verdadeira obra de arte que nem eu acreditei que consegui fazer. Comidinhas saborosas feitas por mim, pelo maridão e pela minha mãe.

   Para o Nathan, não bastava ter a festa de banda, ele tinha que tocar no palco. Então montei o nosso palco, com TNT vermelho no chão, três cadeiras e três microfones, para mim, para ele e para nosso amigo Timóteo que cantou na festa.


   O show foi um sucesso, as crianças cantaram, os adultos se divertiram e o Nathan, no final da festa,  subiu no palco como queria e fez um show com seu violão! Agitou a plateia e fez todo mundo cantar o “na na na” da música “Hey Jude”, dos Beatles.

   Uma festa especial, saborosa, alegre, cheia de vida e amor, pois em tudo tinha um pouco de nós e muito amor em cada detalhe!




 





“Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
O amor é maior que tudo, do que todos, até a dor”

(Dia Especial - Pouca Vogal)